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Nós o povo

Concentração na praça dos Praça dos Omaguas[Pinheiros – zona oeste], para os preparativos do Quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte publico (onibus, trens e metro) que percorreu ruas e avenidas na região oeste e sul de São Paulo.

Concentração na praça dos Praça dos Omaguas[Pinheiros – zona oeste], para os preparativos do Quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte publico (onibus, trens e metro) que percorreu ruas e avenidas na região oeste e sul de São Paulo.

Vem pra rua vem!
“Que coincidência, sem polícia não tem violência!”

5 ato contra o aumento das passagens 17062013 5 ato contra o aumento das passagens 17062013

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Ativistas e manifestantes concentrados no Largo da Batata [ Pinheiros – zona oeste], para os preparativos do Quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte publico (onibus, trens e metro) que percorreu ruas e avenidas na região oeste e sul de São Paulo.

5 ato contra o aumento das passagens 17062013

5 ato contra o aumento das passagens 17062013 5 ato contra o aumento das passagens 17062013

5 ato contra o aumento das passagens 17062013

5 ato contra o aumento das passagens 17062013

 

O recado do Mano Ril

“mais 65 mil, ah tinha!!
Ontem eu vivi uma noite histórica, o recado foi dado aos políticos, o povo acordou, se manifestou e agora não iremos cansar!!
A gente que estava lá não tinhamos a noção do quanto que eramos, ouvi nas rádios que tinha gente nas Marginais, na Paulista, na Berrini… em um determinado momento passamos por um prédio espelhado… e foi incrível a reação do povo ao se ver em milhares…
Senti um grande orgulho do meu povo quando me ligaram e falaram: “Ril o Brasil esta tomado”

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Já na Av. Faria Lima

5 ato contra o aumento das passagens 17062013 5 ato contra o aumento das passagens 17062013

Na ponte estaiada, rumo ao …..

5 ato contra o aumento das passagens 17062013

Se ligaí! | 5º grande ato contra o aumentos das passagens, a intransigência política e a violência policial!

5 ato contra o aumento das passagens 17062013

 

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A Batalha do dia 13 de junho

Dia de Santo Católico que realiza o casamento desejado…dia de ir à Igreja, dia de devoção. Sim, na tradição religiosa era o dia de prometer.

Na noite anterior[12/06], recebo uma ligação com informes difusos: ” as redes sociais estão monitoradas com autorização judicial; O ‘bpchoque’ está aquartelado; amanhã a coisa irá ferver…”

Repassei na manhã[13/06] e inicio da tarde as informações que tinha. Estava preocupado e tenso, caminhei pelo centro da cidade para sentir o tal “clima” e o que percebia era uma calmaria por ruas que havia percorrido [ r. libero badaró, 15 de novembro, são bento, largo patriarca, ladeira da memória, rua boa vista, praça da sé, av. liberdade, rua riachuelo, largo do café, largo da misericórdia, praça antonio prado]. Calmaria que talvez fosse a antecipação de algo que estaria a acontecer! Temia o pior…

Os ativistas sociais, começam a chegar no teatro municipal de São Paulo e se concentram em suas escadarias…os órgão de repressão lá também comparecem, com a determinação de manter tudo em seu lugar(entre 900 a 1200 policiais)

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O que vi depois, já na rua da consolação com Maria Antonia, foram cenas de covardia e brutalidade que confesso, jamais tinha presenciado na cidade. Os agentes da repressão do estado ‘tocando o terror’, como se a ordem fosse bate, espanca e prende. Só ouvia os disparos das balas de borracha e das bombas de gas pimenta [ não pelo som, mas o odor que senti e a ardência nos olhos]; Teve momentos que as lágrimas que caiam do olhos eram uma mistura de irritação por causa do gas pimenta, com o ódio contido contra tamanha violência que se descortinava diante dos olhos.

……

Leia abaixo o relato , e tire suas próprias conclusões:

“Um Relato do Ato

Manifestantes cercados e atacados pela Força Policial: democracia, só que não

São quase duas da manhã e estamos aqui, um grupo de nove jovens amigos/as, reunidos/as, agitados/as e não conseguimos dormir antes de denunciar o que vivemos hoje pelas ruas do centro de São Paulo.Era por volta das 18h quando descemos a Rua Augusta em direção ao Teatro Municipal para a concentração do Quarto Ato contra o aumento das tarifas.As notícias que circularam durante o dia prenunciavam que o a manifestação seria tensa. Mas, apesar do medo, estávamos leves e confiantes na democracia. Fomos nos incorporando a vários outros companheiros que seguiam para o ato. O que portavam? Flores, vinagre e câmeras fotográficas.Ao chegar no Teatro, o clima já estava tenso. A forte presença policial contrastava com o desejo de paz da maioria dos manifestantes, evidenciados em falas, gritos pela não violência e em atitudes absolutamente pacíficas.Seguimos com a multidão, reivindicando a revogação do aumento das tarifas e, mais do que isso, o direito ao transporte público, à cidade e, óbvio, a nos manifestarmos.Nossa intenção era parar a Paulista, chamar a atenção dos governantes e exigir o diálogo, mas quem parou a Paulista foi a polícia. Poucos metros de caminhada e o choque cercou os manifestantes e realizou a primeira dispersão. A partir daí éramos vários atos pela região central da cidade. Seguimos com um grupo que subiu a Augusta para tentar chegar a Paulista. Também fomos cercados, recuamos pela Bela Cintra e também ficamos sem saída. Fomos encurralados até chegar na Consolação. Vimos um cenário de guerra, vários dos grupos que haviam se dispersado voltaram a se encontrar, mas estávamos cercados pelo choque e pela cavalaria de todos os lados. Todos. Não havia para onde escapar e se proteger. Muitas bombas e balas de borracha atingiam os manifestantes. O desespero começou a tomar conta. Faltava o ar, os olhos ardiam, medo de perder os companheiros e, principalmente, o sentimento de indignação, humilhação e revolta. A solidariedade prevaleceu, quem tinha vinagre, oferecia, indicavam caminhos livres, davam as mãos.Conseguimos correr por uma das ruas. Recuamos. Tinha duas adolescentes conosco, estávamos preocupados, cansados. Precisávamos encontrar um local seguro. Seguimos pelas ruas paralelas à Consolação na região de Higienópolis. Estava deserta, nos sentimos a salvo. Encontramos mais um pequeno grupo de amigos numa padaria. Um alivio. Tomávamos uma água.De repente, onde não havia mais aglomeração de manifestantes, mais fumaça, mais barulho, mais bomba. Começamos a correr. Nos separamos dos outros. Nesse momento, éramos apenas nove amigos. Resolvemos caminhar calmamente, não haveria motivo para sermos atacados. Não fazíamos nada de mais. Estávamos enganados. Uma viatura parou diante de nós. Policiais apontaram a arma e ordenaram: “corram que vamos atirar”. Corremos e eles cumpriram a promessa. Atingiram uma amiga. Nos desesperamos. As ruas estavam desertas, não havia onde entrar. estávamos sozinhos. Humilhados e indignados pela arbitrariedade, pela violência, pela covardia, gritamos por socorro.Duas moças passavam de carro, se escandalizaram com a covardia que presenciaram. Pararam o carro e disseram para entrarmos. Nove pessoas num Palio. A solidariedade e o senso de justiça nos salvou. Elas moravam por ali e nos levaram para o apartamento, para ficarmos em segurança até que pudéssemos sair.Mais amizade, mais solidariedade. Fizemos um pedido de ajuda pelas redes sociais. Precisávamos de dois carros para nos tirar dali em segurança. Poucos minutos e dezenas de ajuda foram oferecidas. Fizemos e recebemos diversos telefonemas para saber dos outros amigos/as espalhados/as, feridos/as, presos/as. Havia uma rede de pessoas trocando informação, solidariedade, força. Fomos acolhidos num local seguro, onde passaremos a noite.Como nos sentimos agora? Humilhados e indignados, sim. Mas não derrotados. O que vimos hoje nos fez ver o tamanho do desafio que temos para consolidar a democracia e também nos fez sentir que somos fortes, somos muitos e somos bons. Partilhamos de momentos emocionantes de luta, coragem, lucidez. Fomos acolhidos e recebemos imensa solidariedade que alimentaram ainda mais o nosso sentimento de força. Essa rede pode crescer, temos certeza. Não vamos recuar.Enquanto a passagem não baixar, São Paulo vai parar.

Ingrid Evangelista
Juliana Giron
Paolla Menchetti
Rafael Lira
Vanessa Araújo Correia
Vânia Araújo Correia
Victória Satiro
Vitor Hugo Ramos

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protestocontraoaumentodatarifa_13062013

 

obs. em constante atualização, até o próximo ato[17/06]

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Vem pra praça

passelivre

Todo aumento é uma injustiça! Cada vez que a tarifa sobe, aumenta também o número de pessoas excluídas do sistema de transporte – em 2010, já eram 37 milhões de brasileiros que deixavam de usar o ônibus todo dia por não ter dinheiro. E não ter acesso ao transporte significa não ter acesso à cidade: dependemos da condução para ir e voltar do trabalho, escolas, hospitais, visitar amigos, etc.

Cobrar pelo uso do transporte – que deveria ser público – e ainda aumentar esse preço é uma escolha política pela exclusão, que só beneficia os cofres dos empresários de ônibus. Quando se trata de mobilidade urbana, o poder público continua investindo a maior parte em grandes obras viárias que só beneficiam o carro e não resolvem o problema do trânsito. Enquanto isso, a passagem continua subindo, atendendo às exigências dos empresas que exploram esse serviço.

É possível barrar um aumento! Nos últimos anos, a população de várias cidades do Brasil saiu às ruas para protestar e conseguiu forçar suas prefeituras a abaixar o preço da passagem. Aconteceu em Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Teresina, Natal, Aracajú e Taboão da Serra. Se eles conseguiram lá, podemos conseguir aqui também! Só falta São Paulo.

SE A TARIFA NÃO BAIXAR, A CIDADE VAI PARAR!
TODO AUMENTO É UMA INJUSTIÇA! POR UMA VIDA SEM CATRACAS!

estaiada1

 

Lincoln Secco, especial para o Viomundo

As recentes manifestações de junho do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo surpreenderam os donos do poder. Como a justiça da causa não podia ser questionada, as armas da crítica voltaram-se contra a crítica das armas. E sendo assim, perderam.

Ainda que as armas não fossem armas. Pneus incendiados, lixeiras como barricadas e milhares de pessoas concentradas ainda não podem ameaçar nenhum grupo estabelecido no andar de cima. Mas podem desmoralizá-lo. Diante disso a “crítica” dirigiu-se à turba, à baderna, ao “trânsito”, aos arruaceiros e aos jovens filhos de papai.

Sem resultados, os críticos descobriram os partidos. Assim, pelos jornais “sabemos” que certos partidos de “extrema esquerda” dirigiam sorrateiramente o MPL. Nada mais falso. O MPL se organiza horizontalmente, ao lado, acima (por vezes abaixo) dos partidos políticos. Não é, portanto, uma frente de partidos. Decerto há nele militantes de partidos. Nada mais esperado e justificado. Os partidos de esquerda, revolucionários ou não, vivem sempre a expectativa de montar o cavalo já em disparada.

Eis que a grande imprensa lembrou o vandalismo. “Vândalos!”, berravam apresentadores transtornados nos telejornais sensacionalistas. Em movimentos assim, é natural que haja ações erradas, revoltas incontidas e gritos de ódio. A população que se movimenta não o faz segundo a etiqueta de parlamentares de terno, gravata, seguranças e jantares caros.

Uma ou outra vidraça se quebra porque, ao contrário dos militares que batem, atiram balas de borracha e lançam bombas de gás lacrimogêneo, os militantes das ruas ainda não se acostumaram a mirar com precisão. Eles não dispõem de dinheiro, da polícia e das leis ao seu lado. Mas segundo a contabilidade prática do movimento as lixeiras incendiadas e os prejuízos ao tráfego poderão ser descontados tranquilamente dos bilhões desviados dos cofres públicos nas licitações duvidosas de obras que visam melhorar exatamente o tráfego.

Mas alto lá, proclama um prefeito. O custo do passe livre o inviabiliza! É certo que poderíamos fazer outra conta. A tarifa zero, proposta hoje por vários partidos piratas europeus, foi pela primeira vez lançada pela própria prefeitura da cidade de São Paulo e pelo atual partido do Governo. O Partido dos Trabalhadores propôs durante a gestão de Luiza Erundina que a tarifa fosse paga por um imposto urbano progressivo. Sem apoio na época de um movimento social organizado foi fácil para a Câmara Municipal recusar.

Hoje desconheço os cálculos políticos que os governos fazem para se opor ao passe livre. Sei que os contábeis estão errados. E, provavelmente, os eleitorais também. Uma medida de tal impacto talvez pudesse se tornar o maior “programa social” de um partido. A economia com os gastos de cobrança e com a diminuição de automóveis nas ruas compensaria mesmo a chamada classe média.

Além disso, a população poderia se deslocar por vários serviços de saúde e educação desafogando os equipamentos públicos mais procurados. E nem precisaríamos citar os ganhos para os que frequentariam as escolas, bibliotecas, parques, praças, museus etc.

Confusos, finalmente os “críticos” dizem que se trata de um movimento comunista, anarquista, trotskista, punk, sindical, baderneiro… Mas sabemos que a finalidade do MPL não se define previamente. Apesar da evidência do motivo imediato (a livre locomoção urbana de todas as pessoas) e de ideais necessariamente vagos sobre outra sociedade, ele se define apenas como um grupo que luta. Luta por nós.

Lincoln Secco é professor de História Contemporânea da USP.

 

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A marcha das vadias 2013 em SP

Foto - Antonio Miotto - MARCHA DAS VADIAS SP - 2013

marcha das vadias sp 2013 marcha das vadias sp 2013

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entenda o que é a marcha das vadias – clique aqui

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Na marcha das vadias SP 2013

25/05 | 12h. A Marcha das Vadias de São Paulo, assim como a Marchas das Vadias no mundo, marcha para que a sociedade entenda que as mulheres não são responsáveis pela violência que sofrem. A sobrevivente NUNCA é culpada. Culpado é o agressor.

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

A concentração foi na praça do ciclista [ avenida paulista x rua da consoloção]; Mulheres e homens pedalaram participando da Marcha das Vadias em São Paulo – pedalando da praça do ciclista, avenida paulista, rua augusta e terminando na praça roosevelt.

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

 

e o aparelho de repressão do estado, na forma hype

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

leia tb sábado é dia – clique aqui

+ fotos no FB Biscate social club – clique aqui

As bicicletas na Marcha das Vadias 2013

 

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Julie Dias

JULIE DIAS

(07/07/1978 – 02/03/2012)

juliebicibranca

dia 02/03/2013 fará 1 ano que a Julie foi atropelada na Avenida Paulista, Vamos reunir os ciclistas e pedestres de Sampa na Pça do Ciclista em direção ao local onde ela foi atropelada. Deixaremos flores no local em memória de nossa amiga ciclista. Iremos Pedalando ou Caminhando até o local do acidente.

O objetivo é chamar a atenção da sociedade e governo referente as MORTES NO TRÂNSITO. Pedestres, Ciclistas, Motoristas, Amigos, Familiares, Desconhecidos, são todos benvindos, vivemos em SOCIEDADE e é através da UNIÃO que vamos mudar o que está errado na nossa cidade. Até qdo o trânsito matará mais que uma guerra ?

O julgamento cabe a justiça, mas cabe a nós demonstrar nossa insatisfação em relação as mortes no trânsito. Venha de branco, traga flores, a família, os amigos.

Concentração: 18:00 hs / Inicio: 20:00 hs

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A praia do paulista

É público, que os paulistanos carecem de uma praia. [ou a cidade de quem?]

Só que a criatividade, sempre esteve em alta na cidade dos modernistas e se fez presente na mais paulista das avenidas no dia mundial sem carro. Confira as fotos do sábado de sol que foi o 22 de setembro de 2012.

 

 

 

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Márcia Prado, amiga e cidadã

Márcia Regina de Andrade Prado

17/11/1968 – 14/01/2009

várias histórias guardo dela…mas aqui prefiro compartilhar a foto que tirei por ocasião do nossa cicloaventura até Ubatuba. (foto tirada, na saída da cidade de SP, quase na entrada da rod. ayrton sena)

 

Como bem lembrou o mestre Odir lá no Facebook ” no terceiro aniversário da morte da márcia prado, vale reler, pra lembrar que ciclofaixas de lazer são só uma gota d’agua no oceano.” ( sobre o MANIFESTO DOS INVISIVÉIS, que ela foi uma das signatárias).

para saber mais e não deixar a memória virar peça de uma vaga lembrança leia:

Márcia Prado – na página da Bicicletada- clique aqui

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Beijaço

Um ‘beijaço’ (Kiss in) acontecerá (hoje) dia 07 de fevereiro na Avenida Paulista, esquina com Rua Augusta, às 17 horas na cidade de São Paulo.

Trata-se de um ato público, organizado por tuiteiros que usam o ciberativismo como ferramenta de mudança social.

Dele, participam mulheres e homens; homo, hétero e bissexuais, travestis e transexuais. Pessoas preocupadas em defender medidas históricas contempladas no 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, apresentado pela Secretária Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal.

Dentre estes direitos estão: a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a criminalização da homofobia, a legalização do aborto e a adoção homoparental. Estas propostas foram duramente atacadas, sobretudo por setores da imprensa e por lideranças religiosas católicas (CNBB).

Em defesa do PNDH3, os participantes do Beijaço querem, por meio de sua afetividade, vir a público expressar seu comprometimento e apoio a implementação destas políticas públicas, e ainda expressar seu repúdio ao ataque vazio e fanático do qual o plano está sendo vítima.

Visto que a laicidade do Estado é garantida em constituição, não há motivo justo que barre a aprovação desse projeto, a não ser o ranço reacionário que atravanca sua aprovação.

O 3º Plano Nacional de Direitos Humanos foi amplamente discutido na Conferência Nacional de Direitos Humanos em 2008. Ao ser divulgado, entretanto, em dezembro do ano passado, passou a ser criticado e distorcido por setores da sociedade brasileira que querem que sejam públicos os seus interesses privados. Entre estes setores está a direita partidária, a imprensa conservadora e setores reacionários religiosos.

O PNDH3 toca em questões fundamentais para a sociedade brasileira, e busca corrigir distorções graves relativas aos direitos do cidadão brasileiro. As ações propostas pelo Plano colocariam o Brasil lado a lado com países que há tempos respeitam o indivíduo e sua dignidade.

É por isso que, visando justiça, liberdade e igualdade ele recomenda: a descriminalização e a legalização do aborto, bem como sua realização na rede pública de saúde, o apoio a uma legislação que garanta igualdade jurídica para os cidadãos LGBT, como a lei que reconhece a união civil entre pessoas do mesmo sexo, recomenda que se assegure um marco jurídico na questão dos conflitos agrários e, por fim, recomenda a instituição de uma comissão para investigar os crimes de tortura perpetrados pelo exército durante a ditadura militar.

O plano também prevê o cumprimento da Constituição quanto ao caráter laico do Estado brasileiro e pede a retirada de ícones religiosos de instituições públicas, para preservar os valores da igualdade na diversidade, alteridade e a valorização da pluralidade.

Setores da sociedade brasileira que habitualmente escondem seu conservadorismo em uma retórica politicamente correta foram finalmente evidenciados por seu caráter retrógrado, anti-libertário e preconceituoso.

Por isso, convocamos a todos que, tão indignados como nós com a perseguição ao PNDH3, querem se manifestar de forma pacífica, bem humorada e afetuosa, a comparecer à esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, espaço tão diverso da cidade de São Paulo, no dia 7 de fevereiro, domingo, às 17 horas, para promover um beijaço em favor da liberdade e do respeito a todas as formas de amor e a livre escolha.

A ideia é mostrar, com muita alegria, que as pessoas são diferentes umas das outras, nascem, vivem, se beijam, amam, se relacionam com quem bem entendem, e independente de um ou outro grupo que torce o nariz, sua vida vai continuar acontecendo no anonimato de suas casas.

Não adianta um padre, um jornalista ou um senador achar que vai impedir os gays de constituir família, as mulheres de dispor de suas vidas ou o mundo de girar.

Isso acontece, e o PNDH, as militâncias e lutas sociais servem para reconhecer essa existência e garantir que o Estado não negligencie nenhum cidadão ou lhe tire o direito à dignidade.

info dos 300

leia mais tb

Global Voice – aqui

Cultivando a Verdade – aqui

Revista Brasileiros – aqui

Sakamoto – aqui

Boca no Trombone – aqui

Tsavkko – aqui

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poética FIXA

Afinal o que é pedalar uma bicicleta roda fixa? Pergunte ao pessoal do Fixa Sampa:

continue assistindo…

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