por ti América!
.-.-.-.-.-.-.-.
Arquivado em arte, bicicletas, charge, filosofices, leituras, locos por ti américa, Memória, poesia
A MINHA MÃE
Quando ela acabou, foi colocada na terra
Flores nascem, borboletas esvoejam por cima…
Ela, leve, não fez pressão sobre a terra
Quanta dor foi preciso para que ficasse tão leve!
Brecht
comentário do neto: e hj lembro dessa dor, que ainda nao acabou
obs. vivo Pacha Mama
p.s se não for da família, nada comente…/todo silêncio será respeitado!
locos por ti américa!
-.-.-.-.-.-.
Arquivado em locos por ti américa, Memória, poesia
(…) Percebemos que a galera da quebrada ja sabe que tem uma parada acontecendo, mas ainda não botam muita fé em um cinema numa viela, a beira de um córrego. Para a próxima sessão, vamos pegar pesado em divulgação, conversar com as pessoas, mostrar a cara, falar do projeto… Precisamos mostrar pra quebrada que não estamos de brincadeira… e que o projeto não é meu ou da Fernanda, ou do @Pedalante.. que é nosso, que o espaço é nosso, é público e que precisa da participação das pessoas do bairro pra continuar acontecendo.
Rolou uma postagem la no blog da Lola sobre a primeira sessão. Foi loco, aumentaram os contatos e uma cineasta la do Canadá escreveu oferecendo ajuda.
Emfim, é isso.. até a próxima sessão..Nois Por Nois…Sempre
Veja mais fotos aqui.
Se desejar colar na quebrada, e de bicicleta( de trem ou busão) – clique aqui para conhecer a ruta
locos por ti América!
.-.-.-.-.-.
Arquivado em arte, bicicletas, filosofices, locos por ti américa, Memória, movimentos sociais, protestos
O Cine Viela é “nois por nois” : projeto idealizado pelo Thiago Beleza que acredita que se outro mundo é possível, devemos então agir:
A viela fica localizada no Recanto Campo Belo, bairro do extremo sul da Zona Sul da cidade de São Paulo, no distrito de Parelheiros. A região representa 24% do município de SP e tem uma população de mais de 100 mil habitantes (dados de 2005)… Sua população tem o poder aquisitivo mais baixo da cidade. Representa bem seu papel de PERIFERIA, já que está localizado a 60 km do centro da cidade. Com a rápida industrialização, o local foi bem visto por trabalhadores que buscavam moradia barata.
A totalidade de sua área, que é de 353km quadrados, é de proteção aos mananciais e possui diversas restrições, que só serviram para estimular o crescimento desordenado e o rápido crescimento populacional. as represas próximas, Billings e Guarapiranga, são responsáveis por 30% do abastecimento de água da metrópole.
O crescimento desordenado e o processo de urbanização intenso aumenta exponencialmente o déficit de infra-estrutura e serviços.
O bairro é dormitório, já que as únicas empresas presentes são alguns comércios que movimentam a economia local. Não tem supermercados, empresas grandes e a grande maioria de sua população precisa se descolar ao centro todos os dias para trabalhar. Após as contruções dos terminais, a maior parte das linhas de ônibus que iam até o centro foram retiradas do bairro, obrigando os moradores a desembarcar no Terminal Varginha e fazer a baldeação. Este processo elevou o tempo de viagem. O aumento do poder de consumo da classe C somado a uma lógica capitalista de produção que visa apenas o conforto individual em prejuízo do bem-estar da maioria das pessoas, aumentou significativamente o número de carros e, consequentemente, o trânsito. Atualmente, o tempo de viagem até o centro (ou vice-e-versa) em horários de pico é de, aproximadamente, 3 horas.
O Recanto Campo Belo não possui opções de lazer ou cultura. Não há praças, parques, ginásios de esporte, teatros e nem cinemas… Para os jovens há duas opções, a igreja ou o boteco, que competem pau-a-pau a salvação de fiéis e bêbados. Os cinemas mais próximos ficam localizado nos Shopping Boa Vista, Interlagos e SP Market. Todos os filmes de sua programação são comerciais. Filmes independentes e documentários não fazem parte da agenda cultural dos frequentadores destes locais. Se algum morador quiser assistir, precisa se deslocar até os bairros nobres, como a região da Paulista e pagar pelos caros ingressos do Gemini, Reserva Cultural ou HSBC Belas Artes. Para as peças de teatro e demais opções de cultura, idem.
Nossa região carece de opções de lazer, de auto-estima, de espaço pra mostrar a sua força e a sua produção cultural. Cansamos de nos locomover até o centro para buscar uma diversão qeu não é feita pra nós. Cansamos de reclamar que nosso bairro é esquecido pelo poder público. Resolvemos fazer algo por nós. Mudar a quebrada ao invés de mudar da quebrada. Produziremos as opções de lazer que não temos. Começaremos pelo cinema. Em breve faremos sessões com os filmes produzidos na própria quebrada. Logo mais, o Cine Viela irá se multiplicar e passará a ter, além de cinema, poesia, teatro, música, grafiti, artes plásticas, literatura, fotografia. E quando a viela se tornar pequena para os nossos sonhos, ocuparemos todas as vielas disponíveis nas periferias da cidade… Nóis por nóis…
Agora leia nosso relato (via @cineviela )
na 1ª sessão do #cineviela /para los niños siempre hay tiempo / #noispornois
na 1ª sessão: os 1º q chegaram eram as crianças, curiosidades a flor da pele/enquanto esperavam, pegaram livros e brincavam entre as cadeiras
crianças reservaram seus lugares e ao começar a sessão tod@s atentos na história de “besouro” #noispornois #cineviela
teve muita pipoca, mães e filh@s juntos assistindo ao filme besouro/+ de 20 moradores presentes na 1ª sessão #noispornois #cineviela
vento leve e uma garoa insistia a cair; público resiste e não se levanta, todos atentos ao filme. #noispornois #cineviela
mães correm para buscar cobertas e ninguém arredou o pé! um enorme guarda-chuva apareceu para proteger criança de colo envolta por coberta
sim, o #cineviela é #noispornois = Povo pobre da Periferia tb assiste filmes no espaço público.
1ª sessão, com mais de 20 moradores e no final alguns pedindo mais filmes = sucesso!!!/ Venceremos! #noispornois #cineviela
e lembre-se:
dia 01/10, mais do #cineviela , afinal a voz do povo da periferia tb é #noispornois
um último recado:
Thiago, agora com a massa fermetando e o forno aquecendo é hora tb de desejar UTOPIAS
O dia em que o morro descer e não for carnaval
(Wilson das Neves / Paulo César Pinheiro)
O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)
No dia em que o morro descer e não for carnaval
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral
e cada uma ala da escola será uma quadrilha
a evolução já vai ser de guerrilha
e a alegoria um tremendo arsenal
o tema do enredo vai ser a cidade partida
no dia em que o couro comer na avenida
se o morro descer e não for carnaval
O povo virá de cortiço, alagado e favela
mostrando a miséria sobre a passarela
sem a fantasia que sai no jornal
vai ser uma única escola, uma só bateria
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria
que desfile assim não vai ter nada igual
Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for carnaval
……….
Se desejar colar na quebrada, e de bicicleta( de trem ou busão) – clique aqui para conhecer a ruta
locos por ti América!
-.-.-.-.-.-
Arquivado em arte, filosofices, fotos, leituras, locos por ti américa, Memória, movimentos sociais, protestos, relatos, texto
na primavera, começamos a colher o que plantamos nas estações anteriores e re-plantamos para as próximas.
locos por ti américa !
Arquivado em arte, filosofices, locos por ti américa, Memória, movimentos sociais
OS INDIFERENTES
Antonio Gramsci
Odeio os indiferentes.
Acredito que viver
significa tomar partido.
Indiferença é apatia,
parasitismo, covardia.
Não é vida.
Por isso, abomino os indiferentes.
Desprezo os indiferentes,
também, porque me provocam
tédio as suas lamúrias
de eternos inocentes.
Vivo, sou militante.
Por isso, detesto
quem não toma partido.
Odeio os indiferentes.
-.-.-.-.-.
Arquivado em arte, filosofices, locos por ti américa, poesia, protestos, texto
Assista a bela menina que pedala, nos possibilitar uma aula de história….
…….
BELLA
BELLA,
como en la piedra fresca
del manantial, el agua
abre un ancho relámpago de espuma,
así es la sonrisa en tu rostro,
bella.
Bella,
de finas manos y delgados pies
como un caballito de plata,
andando, flor del mundo,
así te veo,
bella.
Bella,
con un nido de cobre enmarañado
en tu cabeza, un nido
color de miel sombría
donde mi corazón arde y reposa,
bella.
Bella,
no te caben los ojos en la cara,
no te caben los ojos en la tierra.
Hay países, hay ríos
en tus ojos,
mi patria está en tus ojos,
yo camino por ellos,
ellos dan luz al mundo
por donde yo camino,
bella.
Bella,
tus senos son como dos panes hechos
de tierra cereal y luna de oro,
bella.
Bella,
tu cintura
la hizo mi brazo como un río cuando
pasó mil años por tu dulce cuerpo,
bella.
Bella,
no hay nada como tus caderas,
tal vez la tierra tiene
en algún sitio oculto
la curva y el aroma de tu cuerpo,
tal vez en algún sitio,
bella.
Bella, mi bella,
tu voz, tu piel, tus uñas
bella, mi bella,
tu ser, tu luz, tu sombra,
bella,
todo eso es mío, bella,
todo eso es mío, mía,
cuando andas o reposas,
cuando cantas o duermes,
cuando sufres o sueñas,
siempre,
cuando estás cerca o lejos,
siempre,
eres mía, mi bella,
siempre.
Pablo Neruda
Arquivado em arte, bicicletas, filosofices, leituras, Memória, movimentos sociais, poesia, vídeos
El mito Inca:
Hubo una vez una gran sequía.
Casi todas las plantas y animales murieron y no había ni un poco de sombra. Hasta el cantú, que florece en la aridez, sintió que sus flores se morían. El último capullo del cantú transformó sus pétalos en alas y, convertido en colibrí, fue hasta la cordillera y le cantó a una montaña que el mundo se moría debido a la gran sequedad. Y el colibrí,sediento y agotado, murió.
Entrestecida por la devastación de la tierra y por el esfuerzo del colibrí, la montaña dejó escapar dos lágrimas que, como duras rocas, se abrieron paso ladera abajo hasta el lago, con gran estruendo. El ruido despertó al Amarú, la gran serpiente alada que duerme enroscada bajo la tierra, a lo largo de la cordillera.
El Amarú se desperezó, se sacudió, y levantó la cabeza. De su hocio surgió la niebla y el vapor, de sus alas cayó la lluvia en torrentes, de su cola de pez se desprendió el granizo y del reflejo de sol en sus escamas nació el primer arco iris.
De esta forma, renació la vida y reverdeció la tierra.
adaptado de Sebastián Vargas: Mitos de trasnformación…
-.-.-.-.-.-.-
Arquivado em Cicloturismo, festa, filosofices, leituras, Memória, relatos, texto
Me llamo Ernesto, soy argentino,
pero cubano de corazón.
Me dicen Che, soy rosarino,
latinoamericano sin razón.
Y tú, muchacha, ¿cómo te llamas?
¿María, Ana, Encarnación?
Y tú, muchacho, de dónde eres?
¿de lima, Río o Asunción?
Mi nombre es Pablo y soy de Chile.
Escribo versos y una canción
desesperada a mi amada,
latinoamericana sin rázon.
Y tú, muchacho, ¿cómo te llamas?
¿Pedro, Marcos o Salvador?
Y tú, muchacha, ¿de dónde eres?
¿De Perú, Cuba o Ecuador?
Pablo Neruda
locos por ti América
.-.-.-.-.-.-.-.-.
Pido Silencio
Pablo Neruda
Ahora me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.
Yo voy a cerrar los ojos
Yo sólo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo és ver el otoño.
No puedo ser sim que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
La lluvia que amé, la caricia
del fuego em el frio silvestre.
Em cuarto lugar el verano
redondo como una sandía.
La quinta cosa son tus ojos,
Matilde mia, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tú me sigas mirando.
……….
versão brasileira – capturada em algum lugar do passado.
Arquivado em arte, bicicletas, filosofices, fotos, poesia